INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo dos livros de Samuel, analisaremos a instituição da monarquia em Israel.
- Com a monarquia, Deus acolhe um desejo do povo de mentalidade gentílica para continuar a cumprir o Seu plano para a humanidade.
I – O GOVERNO DE SAMUEL
- Deixamos a lição passada o povo de Israel recebendo de volta a arca da aliança, mas imerso numa mentalidade gentílica que era consequência de mais de três séculos de um “círculo vicioso” em que não havia o ensino da Palavra de Deus e a nefasta influência dos povos gentios sobre os israelitas, que os levava à idolatria.
- Como se isto fosse pouco, os dois filhos de Eli haviam comprometido a liderança sacerdotal, a ponto de Deus ter desamparado o tabernáculo em Siló e o sacerdócio não mais ser exercido em sua plenitude, tendo a arca permanecido em Quiriate-Jearim e alguns utensílios do tabernáculo sido levados para Nobe.
- Neste estado lamentável de coisas, Deus Se fazia presente graças ao profeta Samuel, a quem o Senhor Se manifestava e cuja palavra era a verdadeira demonstração da vontade do Senhor. Todos os israelitas sabiam que Samuel era profeta e que o que ele dizia fatalmente acontecia.
- Samuel, com a morte dos filhos de Eli e do próprio Eli, bem como com a irrelevância do novo sumo sacerdote, já que o tabernáculo se desfizera, passou a ser naturalmente a referência espiritual do povo de Israel.
- Politicamente, o país estava arrasado. Os filisteus haviam efetuado um grande estrago entre os israelitas e, assim, além de serem tecnologicamente mais avançados, pois tinham o domínio da metalurgia, o que os israelitas não tinham, ainda haviam dizimado boa parte dos homens de guerra de Israel.
- Samuel manteve-fiel ao Senhor, manifestando a Palavra de Deus para o povo e, também, detectando quais os fatores que tinham sido os responsáveis por tamanha derrocada espiritual.
- Entendemos que é neste tempo, que o texto sagrado diz que foram de 20 anos, que Samuel teve a inspiração do Espírito Santo para escrever o livro de Juízes, quando, então, detectou os dois principais motivos pelos quais o povo chegara a esta situação: a falta de ensino da Palavra de Deus nos lares e a má influência dos povos gentios que conviviam com os israelitas.
- Samuel, então, cria a “escola de profetas”, local onde reunia jovens que se dedicavam ao estudo da Palavra de Deus, visando, assim, suprir a deficiência da educação doutrinária doméstica e criar um grupo de pessoas que servisse a Deus e impedisse a apostasia generalizada.