INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do livro de Jó, analisaremos a teologia de Bildade. - Para Bildade, Jó deixara de ter prosperidade material porque havia pecado.
I – QUEM FOI BILDADE - Na sequência dos discursos dos amigos de Jó, encontramos a argumentação de Bildade, o suíta, cuja teologia, não muito diversa da de Elifaz, é enfática em afirmar que Jó deixara de ter prosperidade material porque havia pecado.
- Aos justos, ensinava Bildade, Deus não faz outra coisa senão cumular-lhe de bens e de riquezas. Como verificamos, pois, este pensamento que é apresentado, nos nossos dias, como uma "moderna interpretação", resultado da "plenitude dos tempos", é um antigo e surrado pensamento distorcido sobre Deus, pensamento este, aliás, que o Senhor disse não lhe ser agradável (Jó 42:8).
- Não há, certamente, ensinamento falso mais disseminado no meio evangélico nos nossos dias do que o da chamada "teologia da prosperidade", doutrina esta que tem subvertido a saúde doutrinário-espiritual do povo de Deus. Ao estudarmos o livro de Jó, veremos que esta linha de pensamento não é sequer uma "inovação", pois já se encontrava presente nos argumentos dos amigos de Jó, em especial, de Bildade, que, em seus três discursos, não se cansa de dizer que os males que vieram de encontro a Jó eram consequências de seus pecados. - No estudo desta lição, que possamos nos desvencilhar das armadilhas e sofismas trazidos pela "teologia da prosperidade", lembrando-nos, sempre, que a pior espécie de homens que existe sobre a face da Terra é a dos que, conhecendo ao Senhor Jesus, buscam-no única e exclusivamente para coisas desta vida (Cf. I Co.15:19). Que Deus nos guarde de pertencermos a este triste grupo e que, sobretudo, possamos conscientizar nossos irmãos em Cristo que estão embaraçados com estes falsos ensinos, salvando alguns e "arrebatando-os do fogo" (Cf. Jd.23)!
- Após a resposta de Jó ao seu amigo Elifaz, quem toma a palavra é Bildade, provavelmente o segundo mais idoso dos amigos de Jó, que seria um "suíta", ou seja, um natural de Suá, região cuja localização é incerta.
- Entendem alguns estudiosos que Suá deveria ser um reino da região do Oriente Médio, não muito longe de Uz. Não devemos confundir este Suá com um dos filhos que Abraão teve com Quetura (Gn.25:2), pois, como vimos, quando muito o patriarca Jó era contemporâneo de Abraão e, deste modo, não poderia ter como um amigo alguém que fosse descendente de gerações de um filho de Abraão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça sua pergunta.