INTRODUÇÃO
- Dando continuidade ao estudo tipológico do tabernáculo, analisaremos o pátio.
- O pátio do tabernáculo revela a acessibilidade de todos os homens a Deus por meio de Cristo Jesus.
I – SANTUÁRIO: LOCAL SEPARADO
- Tendo estudado os artesãos do tabernáculo, passaremos a analisar a estrutura do tabernáculo, começando pelo pátio, que é a parte descoberta do tabernáculo, acessível a todos os israelitas.
- O tabernáculo era uma construção móvel, ou seja, poderia ser deslocada, e era necessário que assim o fosse já que Israel estava se dirigindo à Terra Prometida. No entanto, de pronto, o Senhor disse a Moisés que o tabernáculo serviria de santuário e de habitação de Deus no meio dos filhos de Israel ((Ex.25:8).
- Ao afirmar que o tabernáculo seria um “santuário”, o Senhor estava a dizer a Moisés, entre outras coisas, que o tabernáculo deveria ficar separado do restante do arraial dos filhos de Israel. Embora fosse móvel, o tabernáculo não poderia se misturar com as demais habitações dos israelitas, que, também, habitavam em tendas, já que estavam em constante deslocamento, peregrinando para Canaã.
- Ser “santuário” significa estar “separado” do restante. Como bem definiu certa feita um obreiro a quem muito estimamos, é “estar no meio, porém à parte”. Era esta a situação do tabernáculo. Embora ele ficasse no centro do arraial dos filhos de Israel, tabernáculo não se misturava com as tendas dos israelitas (Nm.2:1,2), nem mesmo os levitas ou os sacerdotes (Nm.2:23,29,35,38).
- O tabernáculo estava no meio dos filhos de Israel, mas não se confundia com eles, pois era a “habitação de Deus” e o povo não havia entrado em perfeita comunhão com o Senhor, já que não esperara o longo sonido de buzina para subir e ali selar uma aliança de fé com o Senhor (Ex.19:13; 20:18,19). O pecado os impedia de ter um contato direto com o Senhor e, por isso, havia a necessidade desta separação.
- Tal separação era materializada por uma cerca formada por quarenta e oito colunas e bases, com colchetes e faixas de prata, sobre os quais eram postas cortinas, cortinas estas que serão estudadas numa lição posterior (Ex.27:9-19).
- É interessante observar que, ao mesmo tempo em que havia separação, também o tabernáculo falava de comunhão. Eis a lição de Abraão de Almeida: “…O Tabernáculo estava separado da congregação por uma cerca constituída de 60 colunas de bronze sobre os quais apoiava-se um cortinado de linho branco, de dois metros e meio de altura. Isto fala da separação de Deus e do pecador (Ex.38:10-15,19,31; Is.59:2). O número 6 e seus múltiplos, como no caso das colunas, associam-se ao número 7, que é o número de peças do Tabernáculo. Como o 6 relaciona-se com o homem e o 7 com Deus, temos no Tabernáculo a comunhão, ou o encontro do homem com a Divindade.…” (O tabernáculo e a Igreja, pp.14-5).
- A área descoberta em torno desta cerca era o que se denominou de “pátio”. Aliás, é este precisamente o significado da palavra emprega em Ex.27:9, “hāsēr” ( חָצֵר ), que, segundo a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, é “um pátio (como rodeado por uma cerca), também uma aldeia (como similarmente cercada por muros)…” (Dicionário do Antigo Testamento, n. 2651, p.1651).
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fonte: https://portalebd.org.br/classes/adultos/3882-licao-3-entrando-no-tabernaculo-o-patio-i
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