Adultos - o caráter do cristão: moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro
COMENTARISTA: ELINALDO RENOVATO DE LIMA
COMENTÁRIO: EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
LIÇÃO Nº 11 – MARIA, MÃE DE JESUS, UMA SERVA HUMILDE
ESBOÇO Nº 11
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo de personagens bíblicas que nos ensinam sobre o caráter do cristão, estudaremos Maria, a mãe de Jesus.
- Maria, mãe de Jesus homem, é humilde serva do Senhor.
I – MARIA, A MÃE DE JESUS
- A primeira menção explícita a Maria,
no texto sagrado, está em Mt.1:16, quando é dito que dela nasceu Jesus,
que se chama o Cristo, ou seja, o evangelista, preocupado como está em
mostrar aos judeus que Jesus era o Messias (é este o propósito do
evangelho segundo Mateus), logo de pronto nos mostra Maria como sendo a
virgem que seria o instrumento pelo qual viria ao mundo o Messias como
predito em Is.7:14.
- Maria é apresentada aqui, em primeiro
lugar, como mulher de José. José é seu marido, o herdeiro presuntivo da
coroa de Davi e, por isso, o filho de Maria, legalmente filho de José,
cumpre outra profecia messiânica, qual seja, o de ser integrante da casa
de Davi com direito a reinar sobre Israel. Nesta apresentação,
portanto, nota-se, claramente, que é dada uma ênfase ao aspecto
biológico da maternidade de Maria, circunscrevendo-se a esta dimensão a
sua participação no plano divino para a salvação, assim como José tem
uma participação jurídica neste nascimento.
- Ao narrar como se deu o nascimento de
Jesus, Mateus volta a reafirmar o cumprimento da profecia bíblica,
mostrando que Maria concebeu do Espírito Santo antes que se tivesse
ajuntado com José. A circunstância é reafirmada no sonho que José teve,
em que o anjo diz que o que está gerado no ventre de Maria é do Espírito
Santo (Mt.1:20). Verificamos, portanto, que é o que está gerado, o ser
que se encontrava no ventre de Maria que era do Espírito Santo, que era
divino, o Deus conosco (e aqui temos a terceira e última vez em que
aparece o nome “Emanuel” na Bíblia – Mt.1:23). O que havia de
miraculoso, de divino, de sobrenatural, portanto, era o ser que estava
nas entranhas de Maria, não a própria Maria. A narrativa, portanto,
mantém a mesma coerência do texto profético – divino e acima do humano é
o ser que se encontrava no ventre de Maria, não a própria Maria.
- Neste ponto, interessante vermos como
se dá a narrativa de Lucas, o outro evangelista que aborda o tema,
evangelista este que não é judeu (é o único não israelita a escrever um
livro da Bíblia) e que, além disto, é médico (Cl.4:14).
- Lucas introduz Maria na narrativa do
evangelho do mesmo modo que Mateus, ou seja, como sendo a mulher de
José, que pertencia à casa de Davi, ainda virgem (Lc.1:27). Como produto
da sua meticulosa pesquisa para a escrita do evangelho (Lc.1:1-4),
Lucas é mais minucioso que Mateus, relatando-nos a própria concepção do
Cristo em Maria, o que foi anunciado pelo anjo Gabriel.
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