INTRODUÇÃO
-Continuando o estudo dos dons ministeriais, estudaremos hoje o ministério de profeta.-O profeta é aquele escolhido por Deus para ser Seu porta-voz, por intermédio das Escrituras, a fiel testemunha de Cristo (Jo.5:39).
I –A COMUNICAÇÃO ENTRE DEUS E O HOMEM
-Nosso Deus é um Deus vivo, real e que, portanto, fala, ao contrário dos ídolos que os homens, ao longo da história, têm criado para adorar (Sl.115:4,5; Rm.1:23). O Senhor, pois, tem todo o interesse de Se comunicar com a Sua principal criação sobre a face da Terra, o homem, não só para demonstrar o Seu amor para com ele, mas, também, para demonstrar que Se trata de um Deus vivo e que quer estar sempre junto à Sua criação, com ela conviver para sempre (Ap.21:3).
-Esta circunstância é tão relevante na essência divina que o Senhor Se identificou aos homens como sendo “a voz” (Dt.4:12). Deus Se apresentou ao povo como um Deus único e invisível, que não poderia ser representado por qualquer imagem, mostrando-Se, pois, apenas como “a voz”, aquele que dirige ao homem as Suas Palavras.
-Entre os judeus, aliás, desenvolveu-se o conceito de “Bat Kol”, literalmente “a filha da voz”, que nada mais é que “a voz de Deus”. Segundo os estudos judaicos, esta “voz” se ouviria em momentos extraordinários, especiais. Assim, quando do anúnciode Suas Palavras no monte Sinai, quando selava o Seu pacto com o povo escolhido (Ex.20:1-18), quando executou Seu juízo sobre Nabucodonosor (Dn.4:29-33), mas, mui especialmente, em algumas ocasiões no ministério de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: noSeu batismo (Mt.3:16; Mc.1:11; Lc.3:22), na Sua transfiguração (Mt.17:5; Mc.9:7; Lc.9:35) e após a Sua entrada triunfal em Jerusalém (Jo.12:28-31).
-Logo no limiar da criação, vemos Deus falando (Gn.2:3) e Seu intento, ao criar um ser inteligente e com capacidade de com Ele se comunicar, era estabelecer um diálogo permanente, onde o homem pudesse desfrutar do amor e da glória divinos. -Tendo criado o homem e o posto no jardim que formou no Éden (Gn.2:8), tratou imediatamente o Senhor de iniciar uma comunicação com o homem, seja lhe dando os limites de sua atuação (Gn.2:16,17), seja conscientizando o homem da sua capacidade de comunicação, de criação e da sua necessidade de viver em sociedade (Gn.2:19,20).
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