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Escola Bíblica Dominical

Escola Bíblica Dominical
Coordenador Geral Ev. Jorge Augusto

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Subsídio da Lição 5 - Santidade ao Senhor






INTRODUÇÃO

O livro de Levítico foi entregue a Israel para que este, separando-se de entre todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir e a santificar-se a Deus. A santidade, por conseguinte, tanto naquele tempo quanto hoje, continua a ser a marca distintiva dos filhos de Deus.
Nesta lição, veremos que Israel, através das leis e ordenanças levíticas, tinha a obrigação de apresentar-se a Deus e ao mundo como a nação santa, zelosa e servidora por excelência. Que aprendamos, com os israelitas, a adorar e a servir ao Senhor na beleza de sua santidade.

I – SANTIDADE, A MARCA DO POVO DE DEUS
Libertos do Egito, os israelitas corriam o risco de transmitir à próxima geração enfermidades como a lepra (Dt 7.15), a doença mais temida da antiguidade. Por isso, Deus encarregou os sacerdotes de inspecionar clinicamente o seu povo.
1. O estado de santidade.
No exato instante de sua chamada a uma nova realidade espiritual, Abraão, e com ele todo o Israel, foram elevados ao posto de herança particular e santa do Senhor (Êx 19.5). Essa dignificação, porém, não levou ao aperfeiçoamento imediato dos hebreus. Tanto o patriarca quanto seus descendentes tiveram de submeter-se a um longo e doloroso processo de santificação (Gn 17.1). O mesmo pode-se dizer da Igreja de Cristo. Os irmãos coríntios foram tratados como santos pelo apóstolo Paulo (2 Co 1.1), mas ainda estavam longe da perfeição (1 Co 3.1).

2. O processo de santificação.
O processo de santificação de Israel, que teve início com Abraão, foi interrompido e recomeçado diversas vezes. Haja vista o conturbado período dos juízes (Jz 2.18-20). Mas, para que o seu povo viesse a atingir o ideal de uma nação santa, profética e sacerdotal, o Senhor entrega-lhe o livro da Lei (Êx 19.6; Js 23.6).

Se lermos atentamente os livros de Êxodo e Levítico, verificaremos que o processo de santificação, na vida de um crente hebreu, tinha início com o amor que ele tributava a Deus (Dt 6.5). A partir desse momento, o fiel passava a cumprir todos os mandamentos do Senhor, pois já não os achava pesados (cf.1 Jo 5.3).

O apelo à santidade diz respeito à pureza da nação de Israel para manter o povo distante da idolatria, da prostituição e de outras práticas pecaminosas. Deus escolheu Israel para ser sua propriedade particular dentre todos os povos, reino sacerdotal e povo santo: "[...] então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo [...]" (Êx 19.5,6). O estilo de vida dos israelitas devia estar de acordo com a santidade do seu Deus: "Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo" (Lv 19.2). Essa santidade exigida era mais do que natural, porque Deus é santo (Lv 11.44), e os israelitas foram "separados", ou seja, "retirados" dentre os povos para Deus. (Revista Lições Bíblica CPAD Adultos - Lição 9 - 4T - 2017)

3. A santidade como marca.
O livro de Levítico tinha como alvo fazer de Israel uma nação distinta por sua pureza e santidade (Êx 19.6). E, de fato, nenhum outro povo jamais alcançou as excelências de Israel (Rm 9.4,5). Usufruir de todos esses privilégios, todavia, acarreta-lhe ainda grande responsabilidade (Rm 2.17-29).

Em alguns períodos de sua história, Israel de fato destacou-se como herança peculiar do Senhor, haja vista os elogios tecidos pela rainha de Sabá ao rei Salomão (2 Cr 9.1-8). Todavia, a maior parte de sua história foi marcada pela apostasia. Mas, chegará o tempo, em que todo o Israel será redimido e salvo (Rm 11.26). E o povo hebreu deveria sobressair-se pela santidade, o que não esperar da Igreja de Cristo? Por essa razão, o apóstolo exorta-nos a andar continuamente em novidade de vida (Rm 6.4). Sem a santidade requerida por Deus nenhum de nós chegará à Jerusalém Celeste (Hb 12.14; Ap 21.8).

II – A SANTIDADE NO MINISTÉRIO LEVÍTICO
Os sacerdotes deveriam ser uma referência perfeita à nação de Israel no que tange à santidade e à pureza. Afinal, eram os responsáveis pela santificação do povo, a fim de torná-lo propício diante de Deus.

1. Santidade exterior.
Aos ministros do altar, o Senhor impôs uma série de restrições, para que não viessem a comprometer o santo ministério. O sumo sacerdote, por exemplo, não poderia desposar uma mulher que não fosse virgem (Lv 21.7,14). Até mesmo com respeito ao luto, deveriam os ministros do altar ser precavidos e cuidadosos (Lv 21.1-3). Tendo em vista o emblema da santidade divina que estava sobre a classe sacerdotal de Israel, nenhum descendente de Levi poderia ser admitido no serviço divino se portasse alguma deficiência física (Lv 21.17-21).

2. Santidade interior.
O sumo sacerdote deveria portar uma lâmina de ouro, que, posta em sua mitra, trazia esta advertência: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Portanto, a santidade do ministro não poderia ser apenas exterior; sua pureza externa deveria ser um perfeito reflexo de sua santidade interior (Ml 2.7). Infelizmente, a classe sacerdotal deixou-se levar por um culto formal, o que ocasionaria a destruição de Jerusalém (Jr 5.31; 23.11).

3. Santidade e glória.
A glória que acompanhou Israel em sua peregrinação, no deserto, tornou-o conhecido como a herança peculiar do Senhor (Êx 13.21,22;16.10). Atemorizados, os gentios sabiam que era impossível amaldiçoá-lo (Nm 23). Mas, para que os israelitas continuassem a usufruir a glória divina era-lhes imprescindível obedecer a Palavra de Deus (Lv 9.6). O mesmo não requer o Senhor de cada um de nós? (Hb 12.14).

III – A SANTIDADE DO POVO DE DEUS
O Senhor exige, de cada um de nós, a santificação de nossos filhos e de nossa vida conjugal, pois a nossa pureza expressa a sua vontade.

1. A santificação dos filhos.
Deus proíbe aos israelitas, expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos como oferenda a Moloque (Lv 20.1-4). A razão é simples: cada um de nossos meninos e meninas é herança do Senhor (Sl 127.3).
Hoje, há pais cristãos, que, sem o saberem, estão entregando seus filhos a “Moloque”, quando, por exemplo, adotam a política criminosa do aborto e quando não os educam conforme recomenda a Palavra de Deus (1 Co 5.8). Ensine, pois, seus pequeninos na admoestação do Senhor, para que sejam pessoas de bem (Ef 6.4). Finalmente, que seus filhos venham a honrá-los como a pais e mães; somente assim poderão ser abençoados (Êx 20.12; Lv 20.9; Ef 6.2).

2. A santificação conjugal.
Deus sempre teve um forte compromisso com a família, pois Ele próprio instituiu-a no Éden (Gn 2.24,25). A fim de preservar a integridade familiar, o Senhor proíbe terminantemente a infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10). Seu objetivo era tornar a família israelita um exemplo para os gentios, conforme descreve-a o Salmista (Sl 128). Hoje, a nossa responsabilidade não é menor. Temos de observar o sétimo mandamento: “Não adulterarás”, e manter o leito conjugal sem mácula (Êx 20.14; Mt 5.28; Hb 13.4). O Deus que inspirou o Levítico não mudou.

3. A santificação e a vontade de Deus.
A santificação é um processo que exige disciplina, esforço e um profundo amor a Deus (1 Co 9.27). Nesse processo, lento e doloroso, todo o nosso ser tem de estar envolvido (Fp 3.12-15;1 Ts 5.23). O santificar-se não é uma opção na vida do salvo; é uma ordenança divina (Lv 20.7; Js 3.5). A nossa santificação é da vontade de Deus (1 Ts 4.3). Sem ela, como veremos o Senhor? (Hb 12.14).

CONCLUSÃO

Num momento de emergência nacional, o rei Ezequias convocou os levitas, e ordenou-lhes: “Ouvi-me, ó levitas! Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia” (2 Cr 29.5). Foi naquela hora que teve início um grande avivamento em Israel. Se nos santificarmos, como requer o Senhor de cada um de nós, em breve experimentaremos uma grande visitação dos céus em nosso país. Amém!


PARA REFLETIR
A Respeito de “Santidade ao Senhor”, responda:

1) Por que o livro de Levítico foi entregue a Israel?
O livro de Levítico foi entregue a Israel, para que este, separando-se de entre todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir e a santificar-se a Deus.

2) Como começou a história de Israel como povo santo?
Em Ur dos Caldeus, Abraão não passava de um gentio entre os demais gentios. Mas, intimado novamente por Deus em Harã, obedeceu-o de imediato. Ele creu em Deus, e foi justificado. Foi exatamente aí que começou a história de Israel como o povo santo do Senhor. 

3) Que exigências Deus fazia ao Sumo sacerdote?
Santidade exterior, santidade interior, santidade e glória.

4) Qual a proibição do Levítico aos pais israelitas?
Deus proíbe aos israelitas, expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos como oferenda a Moloque. A razão é simples: cada um de nossos meninos e meninas é herança do Senhor.

5) Como os cônjuges devem portar-se?
Devem portar-se de forma santa, a fim de preservar a integridade familiar, terminantemente evitar a infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10).

BIBLIOGRAFIA

Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000, Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo, Comentarista Pr. Douglas Baptista, 2 Trimestre 2018.


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Subsídio Lição 4 - A Função Social dos Sacerdotes




INTRODUÇÃO

Além de zelar pelo culto do Senhor, os sacerdotes tinham ainda como função inspecionar a saúde de Israel, fiscalizar-lhe as moradias e regular-lhe a vida social e jurídica. Nesse sentido, eles podem ser vistos também como médicos, sanitaristas e juízes. Todavia, a sua função mais importante era conduzir o povo na Lei de Deus, a fim de torná-lo propício ao Senhor que exige, de cada um de seus filhos, santidade, pureza e distinção.
Vejamos, pois, como os sacerdotes levaram os israelitas a ser o povo mais ordeiro, distinto e saudável de seu tempo.

I – FUNÇÕES CLÍNICAS
Libertos do Egito, os israelitas corriam o risco de transmitir à próxima geração enfermidades como a lepra (Dt 7.15), a doença mais temida da antiguidade. Por isso, Deus encarregou os sacerdotes de inspecionar clinicamente o seu povo. 

1. A inspeção da lepra.
Nos tempos bíblicos, a lepra era a doença que causava mais repulsa devido ao seu aspecto e contágio (Lv 13.2). Se Deus não a curasse, médico algum poderia fazê-lo, haja vista o caso do general sírio Naamã (2 Rs 5.1-14). O Senhor Jesus, durante o seu ministério terreno, curou diversos leprosos e ordenou a seus discípulos a que os purificassem em seu nome (Mt 10.8; 11.5).

2. A inspeção clínica.
Em sua peregrinação à Terra Prometida, os israelitas não contavam com médicos e sanitaristas. Era um luxo restrito aos egípcios (Gn 50.2). Por isso, Deus encarrega os sacerdotes de inspecionar a saúde pública de Israel.
Sempre que alguém apresentava algum dos sintomas da lepra deveria encaminhar-se ao sumo sacerdote para ser examinado (Lv 13.1-37). De acordo com o diagnóstico, o paciente era declarado limpo ou impuro. Se constatada a doença, o enfermo era imediatamente separado da comunidade para evitar uma epidemia (Lv 13.46).

3. A limitação do sacerdote.
Cabia aos sacerdotes inspecionar e diagnosticar os leprosos. Era uma função mais preventiva que curativa. O próprio Senhor Jesus reconheceu a perícia do sacerdote no diagnóstico da doença (Lc 5.14). Quanto à sua cura, só um milagre divino poderia limpar completamente um leproso (2 Rs 5.9-14; Mt 8.1-3).
Hoje, apesar dos avanços da medicina, a lepra, modernamente conhecida como Hanseníase, ainda é uma enfermidade assustadora. Entretanto, já não há mais a necessidade de isolar os indivíduos, pois há tratamentos efetivos que curam os portadores da doença.

II – FUNÇÕES SANITARISTAS
Devido aos povos que a habitavam, Canaã tornou-se doentia e contagiosa (Lv 14.34). Até suas casas e vestes eram tomadas por uma espécie de lepra. Para preservar a saúde dos hebreus, Deus instruiu os sacerdotes a atuarem também como sanitaristas.

1. A função sanitarista do sacerdote.
O sanitarista é um especialista em saúde pública; sua função é basicamente preventiva. Manter a cidade livre dos focos de doenças e infecções é o seu trabalho prioritário. Nesse sentido, cabia aos sacerdotes inspecionar as casas e roupas em Israel (Lv 14.34-57).

2. A lepra na casa.
A lepra numa casa tinha início com o aparecimento de manchas verdes e avermelhadas, que, via de regra, pareciam mais fundas que a superfície das paredes (Lv 14.37). Sempre que isso ocorria, o proprietário era instruído a recorrer ao sacerdote, que, após examinar o imóvel, ordenava o seu despejo para que a praga não se espalhasse por toda a propriedade (Lv 14.36).
Em seguida, a casa era interditada por sete dias (Lv 14.38). Caso a praga não cedesse, as pedras contaminadas eram retiradas e as paredes todas eram raspadas. Em último caso, o sacerdote tinha autoridade para ordenar a demolição do imóvel (Lv 14.45). Para evitar que a lepra contaminasse outras propriedades, todo o entulho era jogado fora da cidade.

3. A lepra nas vestes.
As vestes também estavam sujeitas à lepra. Nesse caso específico, tratavam-se de mofos e fungos igualmente nocivos à saúde (Lv 13.47-50). De imediato, a roupa deveria ser levada ao sacerdote (Lv 13.51). Se a praga se mostrasse resistente, o vestuário deveria ser queimado, a fim de se evitar a propagação de doenças (Lv 13.52).

Deus advertiu solenemente aos israelitas a se guardarem da praga da lepra, pois a doença abria a porta para outras enfermidades e moléstias (Dt 24.8). Por isso, a lepra tornou-se um dos símbolos mais fortes do pecado (Is 1.6).

III – FUNÇÕES JURÍDICAS
O livro de Levítico apresenta várias disposições jurídicas, a fim de proteger a família, a propriedade privada e, principalmente, a vida humana. Nesse sentido, o sacerdote atuava também como juiz.

1. Proteção da família.
Com o objetivo de manter a pureza e a legitimidade no relacionamento familiar, o Senhor, por intermédio de Moisés, proíbe aos israelitas: o sacrifício infantil (Lv 20.2); relações incestuosas (Lv 18.6-9); o abuso sexual doméstico (Lv 18.10); a exposição das filhas à prostituição (Lv 19.29); a homossexualidade e a bestialidade (Lv 18.22,23).
Os filhos de Israel, como adoradores do Deus Único e Verdadeiro, eram obrigados a honrar seus pais e a preservar-lhes a autoridade (Lv 19.3; 20.9). Nesse sentido, os sacerdotes atuavam como reguladores da família israelita.

2. Proteção da propriedade privada.
A propriedade privada, em Israel, era sagrada; uma dádiva de Deus ao seu povo (Êx 3.7,8; 1 Rs 21.3). Por esse motivo, os israelitas deveriam tratar suas casas e campos de maneira amorosa e responsável (Lv 19.9). As colheitas deveriam ser feitas de maneira a atender à carência dos mais pobres (Lv 23.22).
Sendo, pois, a terra propriedade do Senhor, não poderia ser explorada de maneira irresponsável e contrária à natureza (Lv 25.3,4). Do texto sagrado, depreendemos que o sacerdote tinha por obrigação supervisionar o uso sustentável da terra.

3. Proteção da vida.
Também cabia ao sacerdote inspecionar a edificação das casas (Dt 22.8); a criação de animais (Êx 21.36); a preservação da mulher grávida e do filho que ela trazia no ventre (Êx 21.22). Enfim, a vida nas Escrituras é sagrada; um dom do Criador de todas as coisas (Nm 16.22). Por isso, o Senhor determina no Sexto Mandamento: “Não matarás” (Êx 20.13). Mencionemos ainda as cidades de refúgio, que, administradas pelos levitas, serviam para acolher o que, sem o querer, matava o seu próximo (Nm 35.10-15).

CONCLUSÃO

A aliança do Senhor com a tribo de Levi era firme e bem conhecida de todo o Israel. Eis por que seus descendentes deveriam ser o mais alto referencial da nação no que tange à Palavra de Deus, à instrução e à administração da justiça (Ml 2.4-7).


Se o Senhor exigiu excelência e correção dos levitas, no Antigo Testamento, como devemos nós agir no âmbito do Testamento Novo? Que o nosso culto seja marcado pelo amor a Deus e ao próximo. Sejamos, pois, uma fiel referência em todas as coisas.

PARA REFLETIR
A respeito de “A Função Social dos Sacerdotes”, responda:

1) Quais as atribuições dos sacerdotes quanto ao relacionamento social dos israelitas?
Conduzir o povo na Lei de Deus, a fim de torná-lo propício ao Senhor que exige, de cada um de seus filhos, santidade, pureza e distinção.

2) Qual a função clínica dos sacerdotes?
Cabia aos sacerdotes inspecionar e diagnosticar os leprosos. Era uma função mais preventiva que curativa.

3) Descreva a função sanitarista dos sacerdotes.
Sua função é basicamente preventiva. Manter a cidade livre dos focos de doenças e infecções é o seu trabalho prioritário. Nesse sentido, cabia aos sacerdotes inspecionar as casas e roupas em Israel.

4) Como os israelitas deveriam tratar a propriedade privada?
A propriedade privada, em Israel, era sagrada; uma dádiva de Deus ao seu povo (Êx 3.7,8; 1 Rs 21.3). Por esse motivo, os israelitas deveriam tratar suas casas e campos de maneira amorosa e responsável (Lv 19.9). As colheitas deveriam ser feitas de maneira a atender à carência dos mais pobres (Lv 23.22). Sendo, pois, a terra propriedade do Senhor, não poderia ser explorada de maneira irresponsável e contrária à natureza (Lv 25.3,4). Do texto sagrado, depreendemos que o sacerdote tinha por obrigação supervisionar o uso sustentável da terra.

5) Que qualidades deveriam ter os sacerdotes de acordo com o profeta Malaquias?
Os seus descendentes deveriam ser o mais alto referencial da nação no que tange à Palavra de Deus, à instrução e à administração da justiça (Ml 2.4-7).

BIBLIOGRAFIA
Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo, Comentarista Pr. Douglas Baptista, 2 Trimestre 2018.


quarta-feira, 11 de julho de 2018

Subsídio Lição 3 - Os ministros do culto levítico

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INTRODUÇÃO

- Os sacerdotes do culto levítico são figuras dos cristãos.
- Assim como os sacerdotes, os cristãos têm de se distinguir dos demais seres humanos, pois estão sempre diante de Deus.

I – O SACERDÓCIO LEVÍTICO
- Na continuidade do estudo do livro de Levítico, analisaremos hoje as regras concernentes ao sacerdócio, ao ofício sacerdotal, mais precisamente o que se encontra no trecho de Lv.8:1 até 10:20.
- Antes, porém, de adentrarmos a este estudo específico, é importante rememorarmos em que circunstâncias surgiu o sacerdócio levítico.
- É sabido que, quando o povo de Israel chegou ao monte Sinai, para onde se encaminhou após a libertação no Egito, por expressa ordem divina, dada a Moisés ainda quando de sua chamada (Ex.3:12), o Senhor lhe fez a proposta de se tornar a Sua propriedade peculiar dentre os povos, o Seu reino sacerdotal e povo santo (Ex.19:5,6), proposta que foi prontamente aceita por todos os filhos de Israel, a uma só voz (Ex.19:8).
- Tem-se, pois, que o plano divino era constituir a todo o Israel como Seu reino sacerdotal e povo santo, ou seja, todos os israelitas seriam sacerdotes, teriam acesso a Deus, poderiam oferecer-Lhe sacrifícios e disto temos uma demonstração quando houve a própria promulgação da lei, quando Moisés chamou mancebos de todas as tribos para oferecer sacrifícios (Ex.24:5).
- Certo é que, já nesta altura, diante da recusa dos israelitas de aguardar o sonido longo de buzina para, então, subirem ao monte e terem a implantação da lei em seus corações, como preconizado pelo Senhor (Ex.19:13; 20:18-21), já não se tinha a plena comunhão que o Senhor queria estabelecer com Israel, tornando, assim, necessário que se continuassem a ditar os mandamentos, agora para que Moisés os escrevessem, além do Decálogo, que fora proferido pelo próprio Deus no monte.
- De qualquer maneira, mesmo diante deste relacionamento inferior para com o povo (inferioridade que somente se dissiparia com a obra expiatória de Cristo na cruz do Calvário), caberia aos israelitas exercer o papel sacerdotal no culto que se instalaria nesta nova dispensação, inaugurada com a presença divina no Sinai.
- No entanto, tal “status” sacerdotal do povo israelita não ultrapassou o período de quarenta dias depois da promulgação da lei. Após a solene entrada em vigor da lei, Moisés subiu ao monte para receber novas instruções divinas (Ex.24:12-14), cedo o povo descumpriu os dois primeiros mandamentos no episódio do bezerro de ouro, quando, além de adorarem a um outro deus, dele fizeram imagem de escultura

Para continuar lendo este artigo baixe o anexo no link abaixo.






Dinâmica Lição 03: Os Ministros do Culto Levítico


Dinâmica: Eis-me aqui!

Objetivo: Refletir sobre o serviço cristão e a motivação para realizá-lo.

Material:
Palavras digitadas: Serviço Cristão, Deus, Próximo e Compromisso.
01 coração(vermelho) feito de cartolina ou EVA
01 quadro branco ou outro tipo.

Procedimento:
- Coloquem no alto do quadro a expressão SERVIÇO CRISTÃO.
- Perguntem: A quem servimos? Aguardem as respostas, que certamente serão: Deus(na sua maioria) e ao Próximo.  Então, coloquem as palavras DEUS e PRÓXIMO, logo abaixo de SERVIÇO CRISTÃO.
- Coloquem em seguida o coração e falem que o AMOR é o que nos motiva a servir a Deus e ao próximo. Leiam Mc 12.30 e 31.
- Falem que o serviço que fazemos para o próximo é uma evidência do nosso amor a Deus. Leiam I Jo 3. 17.
- Falem também que precisamos ter compromisso com a obra do reino. Leiam Lc 9.62. Coloquem a palavra COMPROMISSO ao lado do coração.
- Perguntem: O que temos realizado no serviço Cristão? Aguardem as respostas. Incentivem aqueles que estão servindo a continuar nas suas atividades e conclamem aos que estão parados a levantar-se e dizer: Eis-me aqui!
- Concluam, afirmando que cada um de nós, enquanto parte integrante da igreja, colocando em prática o serviço cristão, estamos colaborando para a consecução da Missão Integral da Igreja, somando-se a pregação do evangelho e da comunhão uns com os outros.


Por Sulamita Macedo.
fonte: http://atitudedeaprendiz.blogspot.com/

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Subsídio - Lição 2 - A Beleza e a Glória do Culto Levítico



INTRODUÇÃO

O que é o culto divino? Não é fácil responder a essa pergunta, pois, no ato da adoração ao Deus Único e Verdadeiro, temos de evitar dois extremos: a informalidade profana e indecente, e o ritualismo que mata o genuíno culto bíblico. Por esse motivo, o Senhor deixou à congregação israelita, nos Livros de Êxodo e de Levítico, ordenanças e instruções quanto à essência de seu culto.

Tendo como exemplo a consagração do Santo Templo, em Jerusalém, mostraremos, nesta lição, a beleza e a glória do culto levítico. Que a nossa adoração a Deus conte, igualmente, com a presença do Espírito Santo em todos os atos. Sem a glória de Deus, nenhum culto tem validade.


I – O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO
Vejamos o que é o culto divino e o seu desenvolvimento na era patriarcal, no período de Moisés, no tempo de Davi e de Salomão, e após o Cativeiro babilônico.


1. Definição.

O culto divino é o serviço amoroso, voluntário e exclusivo que Deus requer de cada uma de suas criaturas morais (anjos e homens), mui particularmente de Israel, no Antigo Testamento, e, agora, da Igreja, para que todos, em todos os lugares e tempos, glorifiquem-no como o Criador, Senhor e Mantenedor de todas as coisas (SI 100.1; Ap 14. 7).



2. Na era patriarcal.

O primeiro grande patriarca a prestar culto a Deus foi Noé (Gn 8.20). Abraão, Isaque e Jacó também construíram altares para adorar ao Senhor, que os chamara a constituir a nação profética, sacerdotal e real por excelência (Gn 12.7; 26.25; 35-1-7).


3. No período de Moisés.

Deus, através de Moisés, entregou ao seu povo leis e instruções para que o seu culto passasse da informalidade a uma etapa mais teológica, litúrgica e congregacional (Êx 12.21-26). A partir daí, estabeleceram-se as festividades sagradas como a Páscoa e o Dia da Expiação (Êx 12.14,20; Lv 23.27,28). Agora, não somente as famílias, mas todo o povo é intimado a cultuar ao Senhor.


4. No tempo de Davi e Salomão.

Até a ascensão de Davi, como rei de Israel, a música não era utilizada no culto divino. O cântico de Miriã e o de Débora constituíam manifestações espontâneas que precederam a inserção da música na liturgia do Santo Templo (Êx 15.20,21; Jz cap. 5). Mas, com o rei Davi, que também era profeta, salmista e músico, a celebração oficial ao Senhor foi enriquecida com a formação de coros e instrumentos musicais (l Cr 15.16). Buscando sempre a excelência do culto divino, o rei Davi inventou e fabricou diversos instrumentos musicais (l Cr 23.5; 2 Cr 7.6).

Salomão dedicou-se igualmente ao enriquecimento litúrgico e musical na adoração divina (2 Cr 5.1-14). No auge do Santo Templo, a Liturgia hebreia impressionava por sua beleza e arte (2 Cr 5.13). Ezequias também destaca-se pelo zelo ao culto do Senhor (2 Cr 29.26-28).


5. Após o cativeiro babilônico.

Em 586 a.C., os judeus foram levados em cativeiro à Babilónia, onde permaneceram 70 anos (Jr 25.11,12). Nesse período, pelo que inferimos do Salmo 137, a adoração divina foi praticamente esquecida. Mas, com o retorno a Jerusalém, os repatriados, incentivados por Esdras e Neemias, reavivaram o culto levítico (Ne 12.22-30).


II – OS ELEMENTOS DO CULTO LEVÍTICO
A fim de mostrarmos a beleza e a glória do culto divino no Antigo Testamento, tomemos como exemplo a consagração do Santo Templo, pelo rei Salomão, em Jerusalém.



1. Sacrifícios.

O culto inaugural do Santo Templo, que teve início com a chegada da Arca Sagrada, foi marcado por uma grande quantidade de sacrifícios de animais (1Rs 8.5) - Cf. Levítico cap. 1. De forma sem igual, o rei Salomão e todo o Israel demonstraram sua ação de graças ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó.



2. Cânticos.

Em seguida, os cantores e músicos puseram-se a louvar ao Senhor, entoando provavelmente os cânticos que Davi e outros salmistas haviam composto (2 Cr 5.12,13).



3. Exposição da Palavra.

Logo após. Salomão dirigiu-se ao povo, fazendo uma síntese da História Sagrada até aquele instante. Ele mostra a clara intervenção de Deus em cada etapa da existência de Israel (2 Cr 6.1-13).



4. Oração.

O rei dirige-se, agora, a Deus em oração, agradecendo-o por aquele momento, e intercede não só por Israel, mas pêlos gentios que, ouvindo acerca da intervenção divina na vida de seu povo, para ali acorreriam (2 Cr 6.32,33).



5. Leitura da Palavra.

Após o cativeiro babilónico, já no tempo de Esdras e Neemias, a Palavra de Deus começou a ser lida publicamente como parte da liturgia do culto (Ne S.1-8). Nesse período, os sacerdotes puseram-se também a explicar a Lei ao povo de Deus. Antes disso, a leitura das Escrituras limitava-se aos montes Gerizim e Ebal (Dt 29).



6. Bênção.

O culto levítico era encerrado com a bênção aarônica (Nm 6.22-26). Ao serem assim abençoados, os filhos de Israel conscientizavam-se de que eram propriedade particular do Senhor (Êx 19-5).



III – FINALIDADE DO CULTO LEVÍTICO
O culto levítico, no Antigo Testamento, tinha quatro finalidades básicas: adorar a Deus, reafirmar as alianças divinas, professar o credo mosaico e aguardar o Messias. Era uma celebração teológica e messiânica.



1. Adorar ao Único e Verdadeiro Deus.

Ao reunir-se para adorar a Deus, a comunidade de Israel demonstrava duas coisas: a aceitação do Único e Verdadeiro Deus e a rejeição dos deuses pagãos (Lv 19-4; SI 86.10; 97.9). Enfim, o culto afastava os israelitas da idolatria e aprofundava sua comunhão com o Senhor (5196.5). Esse era o teor dos cânticos congregacionais do Santo Templo.



2. Reafirmar as alianças antigas.

No culto Levítico, os filhos de Israel professavam as alianças que o Senhor firmara com Abraão, Isaque, Jacó e Davi (Lv 26.9,45). Já em seus cânticos, reafirmavam a fé na presença de Deus em sua vida familiar e comunal (SI 47.9), como mostra o Salmo 105.



3. Professar o credo divino.

Em seus cultos, os israelitas, guiados pelo ministério levítico, professavam o seu credo: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt 6.4). Nesta sentença resume-se toda a teologia do Antigo Testamento. Que a Igreja de Cristo recite a doutrina divina.



4. Aguardar o Messias.

No livro de Salmos, há uma elevada cristologia, que descreve a paixão, a morte, a ressurreição e a glorificação do Senhor Jesus Cristo como Rei dos reis (SI 22.1-19; 16.10; 110.1-4; 2.1-8). Um israelita crente, e predisposto a servir a Deus, jamais seria surpreendido com a chegada do Messias, pois o culto Levítico era essencial e tipo-logicamente cristológico (Lc 2.25-35).



CONCLUSÃO

Os filhos de Israel não souberam cultuar a Deus como Ele o requer de cada um de nós. Por isso, deixaram-se contaminar pelo formalismo. Apesar de sua rica e significativa liturgia, adoravam a Deus apenas com os lábios, pois o seu coração achava-se distante do Deus de Abraão (Is 29.13). Então, adoremos a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.24). Apresentemos ao Senhor o nosso culto racional (Rm 12.1-3).


Quando cultuamos verdadeiramente a Deus, sua glória jamais nos faltará (Lv 9.23,24).


PARA REFLETIR
A respeito de "A Beleza e a Glória do Culto Levítico", responda:

O que é o culto divino?

O culto divino é o serviço amoroso, voluntário e exclusivo que Deus requer de cada uma de suas criaturas morais (anjos e homens), mui particularmente de Israel, no Antigo Testamento, e, agora, da Igreja, para que todos, em todos os lugares e tempos, glorifiquem-no como o Criador, Senhor e Mantenedor de todas as coisas.

Como era o culto no período de Moisés?

Deus, através de Moisés, entregou ao seu povo leis e instruções para que o seu culto passasse da informalidade a uma etapa mais teológica, litúrgica e congregacional. A partir daí, estabeleceram-se as festividades sagradas como a Páscoa e o Dia da Expiação. Agora, não somente as famílias, mas todo o povo é intimado a cultuar o Senhor.

Qual a contribuição de Davi ao culto divino?

Até a ascensão de Davi, como rei de Israel, a música não era utilizada no culto divino. O cântico de Miriã e o de Débora constituíam manifestações espontâneas que precederam a inserção da música na Liturgia do Santo Templo. Mas, com o rei Davi, que também era profeta, salmista e músico, a celebração oficial ao Senhor foi enriquecida com a formação de coros e instrumentos musicais. Buscando sempre a excelência do culto divino, o rei Davi inventou e fabricou diversos instrumentos musicais.


Cite os elementos do culto levítico.

Os elementos são: sacrifícios, os cânticos, a exposição da Palavra e a bênção.

Quais os objetivos do culto levítico?

Adorar a Deus, reafirmar as alianças divinas, professar o credo mosaico e aguardar o Messias.


BIBLIOGRAFIA

Bíblia Sagrada - Thompson - Edição Contemporânea - Editora VIDA, 2000
Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais de nosso tempo, Comentarista Pr. Douglas Baptista, 2 Trimestre 2018.